quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

PASSEIO CULTURAL EM LISBOA | AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES

PASSEIO CULTURAL EM LISBOA | AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES PASSEIO CULTURAL EM LISBOA | AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES

PASSEIO CULTURAL EM LISBOA | AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES PASSEIO CULTURAL EM LISBOA | AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES


PASSEIO CULTURAL EM LISBOA | AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES PASSEIO CULTURAL EM LISBOA | AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES
Cada vez que abro o facebook vejo mais alguém interessado em visitar o Aqueduto das Águas Livres. Pergunto-me se o chegam alguma vez a fazer… :P Mas para quem, como eu, gosta destas coisas culturais, fica a dica: por favor, esqueçam as visitas guiadas! De forma bem mais prática e sem ser necessário bloquear a agenda com meses de antecedência para depois terem um furo no pneu no dia, basta aparecer na Calçada da Quintinha, 6, em Campolide, de terça a sábado entre as 10h00 e as 17h30 para fazerem a visita livre. Custa 3 euros e demora cerca de 30 minutos a uma hora, sendo que o percurso ronda no total uns 2 quilómetros até Monsanto and back. Piece of cake!;)
 
Já estou a ver a questão a formar-se na vossa cabeça: "Assim ficamos sem ouvir explicação nenhuma!" Vá, não ficam nada que eu sou uma querida. :)
 
Ora, o Aqueduto das Águas Livres é um complexo sistema de captação e distribuição de água à cidade de Lisboa, com uma extensão total de 58 quilómetros, que foi construído durante o reinado de D. João V devido à escassez de água potável na cidade. A água do Tejo é imprópria para consumo pois a grande foz do rio permite a contaminação da água pelo mar, elevando a sua salinidade; por sua vez, este sistema permitia trazer à cidade a água da nascente das Águas Livres em Belas (Sintra). Foi progressivamente reforçado e ampliado ao longo do século XIX, terminando no Reservatório da Mãe d'Água das Amoreiras, e resistiu ao terramoto de 1755. As suas águas deixaram de ser aproveitadas na década 60 do séc. XX.
 
Todo o circuito dos caminhos da água é pertença do Museu da Água (by EPAL), que procedeu à musealização dos seus espaços patrimoniais, compreendendo o Aqueduto das Águas Livres, o Reservatório da Mãe D'Água das Amoreiras, o Reservatório da Patriarcal e a Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos.
 
O aqueduto em si tem 941 metros de comprimento e é composto por 21 arcos de volta perfeita e 14 arcos centrais em ogiva. É conhecido como um dos bilhetes postais de Lisboa pela sua imponente arcaria que se ergue sobre o vale de Alcântara e foi classificado Monumento Nacional em 1910. O Arco Grande é o maior arco desta obra, medindo 65 metros de altura por 29 metros entre pegões, sendo o maior arco ogival em pedra do mundo.
 
A passagem pública por cima do aqueduto só foi aberta recentemente, tendo estado fechada desde 1853 devido aos crimes praticados por Diogo Alves, um criminoso que atirava as suas vítimas do cimo do aqueduto, depois de as roubar (foi o último condenado à morte da História de Portugal).
 
Pronto e agora que sabem tudo, arranquem! Aproveitem um dia de sol e vão bater umas fotos à nossa cidade. E se quiserem (mesmo, mesmo!) ir em modo de visita guiada, estas são reservadas para grupos de mais de 20 pessoas pelo telefone 218100215.
 
Bom passeio! :)
 
IT
 
Morada:
Aqueduto (Travessia do Vale de Alcântara – Calçada da Quintinha, 6  

http://www.epal.pt/EPAL/menu/museu-da-água/exposição-permanente-património-associado

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

HANAYA | QUANDO A RESTAURAÇÃO É MATEMÁTICA! ;)

HANAYA | QUANDO A RESTAURAÇÃO É MATEMÁTICA! ;)

HANAYA | QUANDO A RESTAURAÇÃO É MATEMÁTICA! ;)

HANAYA | QUANDO A RESTAURAÇÃO É MATEMÁTICA! ;)

HANAYA | QUANDO A RESTAURAÇÃO É MATEMÁTICA! ;)

HANAYA | QUANDO A RESTAURAÇÃO É MATEMÁTICA! ;)

Como já referi antes adoro sushi! Mas sushi daquele a sério e não daquele para comer em barda em restaurantes chineses/pseudo-japoneses. Ok, às vezes dão jeito, confesso, mas só mesmo esporadicamente. Portanto assumo-me exigente e já perdi a conta ao número de vezes que já me perguntaram "então, diz lá um restaurante de sushi que aches bom?" e infelizmente contam-se pelos dedos de uma mão os que recomendo. Thank God por mais um! ;)
 
Sob a tutela do nome de Hanaya Yohei, aquele que é considerado o primeiro sushiman da História (séc. XIX), nasce este restaurante japonês na Quinta das Conchas, no Lumiar.
 
O conceito de decoração do restaurante foi criado por Yaroslav Galant, um designer ucraniano com vários trabalhos pela Europa. O espaço está dividido entre uma sala ampla com pontos de luz e cor, chão de madeira escura e paredes de padrão com relevo, e um pequeno bar com uma garrafeira em arame. Além de uma esplanada que vai ser um mimo no Verão, ali naquele cantinho abrigado! Espaço moderno mas acolhedor e confortável, seja para casais ou grupos de amigos/colegas.
 
Se simpatia abunda mal entramos, experiência não falta a todo o staff que anteriormente passou pelo Sushic em Almada, um dos restaurantes de sushi mais aclamados. E seguindo a mesma linha, o sushi de fusão no Hanaya é bem trabalhado notando-se os vários elementos, de apresentação cuidada e com os molhos adequados que não dissipem os verdadeiros sabores do peixe.
 
Também ali não passou despercebida a boa conjugação entre sushi e gin… ou não fosse o meu amigo André Robalo um dos responsáveis pelo projecto do restaurante e Gin Master há anos a fio. Aliás, a culpa da minha preferência pelos gins da moda (aka aquários no copo para alguns LOL) é dele! ;) Assim, foi feita a aposta num bar de gins que conta com 20 referências e que posso garantir que pelas mãos do André vão fazer a vossa delícia.
 
A ementa tem de tudo, desde ceviches e tártaros aos noodles, tempuras e ramens, passando por todos os tipos de sushi e sashimi, com algumas invenções de autor que vão mudando consoante a inspiração dos sushimen, e sem serem sempre com os habituais atum e salmão.
 
Optámos na maioria por conhecer algumas sugestões de fusão do chef: Eby Crisp (Camarão em crocante de massa filó, maionese japonesa e molho sweet chili), Aromatik (Folha de arroz, salmão, camarão, rúcula e manjericão), Albert Roll (Folha de soja amarela, tempura vieira, tataki de salmão, camarão cozido, pêra, abacate, queijo creme, ovas tobiko, flôr de sal e regado com molho do chef) e Hot Edo (Salmão, peixe especial, espargos, cogumelos shitake, acompanhado com molho Hanaya); além de um tártaro de salmão, de umas gyozas fantásticas, e da miso soup sem a qual não passo.

De sobremesa, dividimos um creme brulée que estava óptimo. Preço por pessoa da refeição acompanhada por gins: 33 euros… porque a qualidade paga-se e com gosto! ;)


Aos almoços durante a semana, o Hanaya tem menu executivo a 15 euros que inclui sopa miso, uma entrada, um combinado de 10 peças, bebida a copo e café, e curiosamente também há opções de bife com batata frita para os sushi haters! LOL
 
Ora, a restauração às vezes é como matermática pura: inspiração Hanaya + espaço com pinta + equipa experiente + gin bem feito + bom peixe = só podia correr bem. Confere! :)
 
IT
 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

AQUELE LUGAR EM ALCÂNTARA | NÃO É LUGAR PARA ESQUISITINHOS! ;)

AQUELE LUGAR EM ALCÂNTARA | NÃO É LUGAR PARA ESQUISITINHOS! ;)
AQUELE LUGAR EM ALCÂNTARA | NÃO É LUGAR PARA ESQUISITINHOS! ;)AQUELE LUGAR EM ALCÂNTARA | NÃO É LUGAR PARA ESQUISITINHOS! ;)

AQUELE LUGAR EM ALCÂNTARA | NÃO É LUGAR PARA ESQUISITINHOS! ;)
AQUELE LUGAR EM ALCÂNTARA | NÃO É LUGAR PARA ESQUISITINHOS! ;)
Aquele lugar em Alcântara não é um restaurante normal. O nome? É esse mesmo. Não é lugar para esquisitinhos, que demoram horas a escolher ou para aqueles a quem lhes apetecia mesmo era "algo, Ambrósio", e que não está na lista. Até porque ali ela não existe! ;)

O conceito deste lugar é precisamente o de não sabermos o que vamos comer e de tal ser consoante o que haja na cozinha naquele dia, feito na hora e com doses adequadas à fome e à quantidade de comensais. Interessante a ideia, diriam? Pois eu digo-vos que é bem mais que isso. O menu de 12,5 euros é composto por três pratos, entre entradas e prato principal, aos quais se acrescentam depois as bebidas e sobremesas à parte (total ronda os 18/20 euros). A única questão levantada por quem nos atende é se não gostamos de alguma coisa em particular (e não é necessário darem uma lista de miudezas que isto não é french cuisine) ou se têm alguma alergia ou restrição alimentar. E o resto… é surpresa!!!
 
Foi partindo desta premissa que por aquele lugar me aventurei com amigos numa sexta à noite. Escondida na rua atrás dos prédios do Alcântara-Rio, lá estava esta casa antiga e cheia de tralha (que não conjuga mas que faz sentido) e que pelas várias salas esburacadas entre paredes recria uma sala de estar em casa. Até na esplanada! Por aquele lugar, a decoração (inusitada to say the least) vai desde camisas penduradas nos candeeiros, mesas feitas de grades de coca-cola, cadeiras de todas as formas e feitios, molduras tortas sem quadros, máquinas de costura, discos, garrafas penduradas… tudo a dar um ar rústico, vintage e diferente à coisa. Muita graça. :)
 
Ora após o Rafa nos enquadrar sobre o que podíamos esperar, apresentar as opções de vinho e fazer as perguntas da praxe, lá começaram a surgir as entradas. Calhou-nos queijos e marmelada, fuet, azeitonas e tremoços temperados (comi a taça inteira… não vamos falar sobre isso!), pão com azeite, gnocchi com pesto (estava óptimo e eu nem gosto de gnochi) e uma salada quente de polvo com batata que estava apuradérrima e absolutamente deliciosa... amei! De prato principal, um entrecosto em vinha de alhos que se desfazia, acompanhado de salada de rúcula e crocante de cebola com molho chili-doce. De sobremesa, tiramisú e algo que não recordo com chocolate… sorry, sobremesa não é comigo e estava entretida na conversa, mas provei e estava tudo bem feito, ok? :P Conclusão: comida de casa muito bem temperada e servida sem pretensiosismos, em loiça desirmanada, na sala de estar! :)
 
Todo o staff é uma simpatia… brincalhões, atentos e descontraídos num local onde é para se estar e ficar, sem pressas, entre amigos.
 
Ponto menos positivo mas sem gravidade: já que só existe um WC, este podia estar um pouco mais cuidado. Ah, e atenção que não há multibanco!
 
Uma experiência diferente onde a reserva é obrigatória e que aconselho para um jantar com um pequeno grupo de amigos para que gozem bem do aconchego e informalidade deste lugar. E pode ser que ainda tenham a sorte de ter a refeição acompanhada por jazz ao vivo (geralmente ao fim-de-semana)!
 
Pelo meu lado, daquele lugar em Alcântara saí eu bem contente e com a sensação de que mais uma vez tinha acertado na escolha… e sim, isto é uma private para uma certa pessoa. ;)

IT
 
https://www.facebook.com/AqueleLugaremAlcantara

PS - Acrescento sugestão para pézinho de dança de sexta à noite à seguida do jantar: o mano (DJ Nokin) a tocar no Bosq, no Lx Factory. Daquele lugar é um tirinho! ;)

https://www.facebook.com/djnokin

https://www.facebook.com/bosqlx