terça-feira, 28 de abril de 2015

PIGMEU | OINC, OINC... DE TUDO UM POUCO DO PORCO!

PIGMEU | DE TUDO UM POUCO DO PORCO

PIGMEU | DE TUDO UM POUCO DO PORCO

PIGMEU | DE TUDO UM POUCO DO PORCO

PIGMEU | DE TUDO UM POUCO DO PORCO

PIGMEU | DE TUDO UM POUCO DO PORCO


PIGMEU | DE TUDO UM POUCO DO PORCO

PIGMEU | DE TUDO UM POUCO DO PORCO

PIGMEU | DE TUDO UM POUCO DO PORCO

PIGMEU | DE TUDO UM POUCO DO PORCO

O restaurante 'Pigmeu' é uma das novidades de Campo de Ourique, um dos bairros antigos mais badalados da capital e que nos últimos tempos se tem enchido de novos e bons restaurantes. 

Do início ao fim, a refeição neste espaço foi um prazer easy going. O sorriso, simpatia e disponibilidade do atendimento conquista-nos, logo à entrada. Sem contar com a extrema atenção com que o nosso empregado nos brindou todo o tempo: tínhamos uma grávida no grupo e quase parecia que ele estava mais preocupado em trazer alguma coisa que lhe fizesse mal do que a própria. ;) 

O espaço é acolhedor, em madeira clara, com um balcão em tijolo, mesinhas maiores e mais pequenas e uma agradável esplanada. Com muitos pormenores bem dispostos (até no wc) que chamam a atenção do ex-libris deste restaurante: o porco. Aqui há 'de tudo um porco'... Este é o lema da casa, com um conceito muito original sobre este animal tão presente na nossa gastronomia.

Tendo aberto recentemente, nem hesitei e liguei a reservar mesa, sendo que para uma sexta à noite disseram-me que tinham dois turnos. Preferi o das 20h e alertaram-me não me preocupasse que havia mais que tempo para fazer tranquilamente a refeição (até às 22h). Depois percebi porquê... era de sandes e não sabia! LOL Não sou fã de jantar sandes mas fiquei conquistada. A somar a isso, e apesar da casa cheia, o serviço é muito eficiente... e de mansinho as 22h chegaram e ninguém nos expulsou. ;)

Começámos logo bem por uma manteiga de porco (com pão torrado) que era qualquer coisa de divinal... e tivemos de pedir a segunda dose (e ainda bem que em breve vão vendê-la para fora no restaurante!). Para os restantes comes, achei um piadão à ementa em modo check list; simples e prático, num conceito jovem e informal. Pedimos ajuda e explicaram-nos tudinho, além de nos fazerem sugestões que se vieram a comprovar excelentes. 

Assim que vi os croquetes de bochecha estufada não pensei duas vezes, e de facto estavam mega suculentos... a carne não é picada, o que me agradou. De prato principal, aqui a ideia é dividir as sandes para se experimentar os vários cortes do porco, e assim pedimos sandes de pernil com queijo da ilha (por mim metiam mais queijo mas percebo que depois só sabe a sandes de queijo lol), sandes de cachaço com pickles (a minha preferida) e sandes de barriga com cebola (a mais gordurosa por ser entremeada mas muito bem feita). O pão chapata caseiro e farinhento é delicioso e com a consistência perfeita para comer este tipo de sandes... À MÃO! E a carne desfazia-se, super suculenta! De acompanhamento, pedimos umas batatas no forno com cebola e umas chips de batata doce que estavam perfeitas. E mais houvessem... :P

Em termos de vinhos, foi-nos explicado que a carta foi definida para ter vinhos próximos da zona do restaurante, ou seja, da zona de Lisboa e Tejo. Foi-nos bem aconselhado o tinto de Castelão & Touriga Qta da Lagoalva, mas falaram-nos de um tinto que é produzido em Campo de Ourique e que vou ter de voltar para experimentar. Para quem prefira, também têm uma carta de cocktails à tuga, que misturam os cocktails da moda com as bebidas tradicionais. Mas com porco, sou mais tinto! ;)

De sobremesa, pedimos a mousse de lima que, devido ao copo, baptizei de "mousse de lima copo 3" (LOL)... estava uma delícia e no ponto certo entre doce e ácido!

No fim, fiquei a brincar com aquela geringonça onde vem a conta, tipo carteira mágica porta-cartões, enquanto percebia o baratíssimo que nos tinha saído a refeição, a 13,5 euros/pessoa. Sim, eu sei que é um jantar de 'sande' mas a qualidade dos produtos é muito boa e a carta é mesmo muito acessível. E nem tudo o que é bom tem de ser servido com salamaleques e em doses elegantes, olha agora...! 

Portanto, vou aqui voltar de certezinha... e provar os torresmos. Oinc, oinc!  ;)

IT

sexta-feira, 24 de abril de 2015

CASCAS EM CASCAISSSSSS... | (NÃO) SÓ PARA LOCALS ;)







 
Domingo passado fui rever o restaurante 'Cascas' que se mantém como um dos meus preferidos em Cascaissssssss. E óbvio que não é só para locals... ;) (ler pf com sotaque british cascaense LOL).

De facto, já lá não ia há algum tempo mas mais uma vez não encontrei qualquer falha. O espaço do restaurante é moderno e cosmopolita, e fica na Praia da Conceição, ao lado do Albatroz…e quando digo na praia é 'NA' praia! A todo o comprido envidraçado e virado para o mar, tem duas TVs para os dias de jogos, como não podia deixar de ser, ou não fosse este um espaço restaurante/bar para um convívio descontraído.

Do início ao fim, a simpatia e competência dos donos/empregados é mais que muita, num atendimento jovem e eficiente. Ali não há dúvidas.  Ajudam, sugerem e esclarecem. E se precisarmos, carrega-se no botão. ;) (ADORO TECNOLOGIAS!)

Para mim, vi aqui a melhor carta de petiscos de criação dos últimos tempos. Além de ter de tudo (petiscos, pratos principais, etc), tem tapas muito diferentes (finally!). Adorei os ovos rotos com alheira e cogumelos que nos foram sugeridos, o solomillo com brie, cuja carne era uma seda, o queijo de cabra panado sem uma pinga de gordura… tudo irrepreensível, desde a apresentação até ao sabor. Lapas confesso que não sou fã mas os apreciadores disseram-me que estavam óptimas. Bem, isto para não falar das ‘cascas’ de batata, fritas, e que dão nome ao restaurante, que são trazidas para a mesa mal nos sentamos, qual couvert... fabulosas, fininhas, estaladiças, pequeninas! De sobremesa, pedimos um cheesecake para provar mas trouxeram-nos dois para experimentar e comparar... o de chocolate branco é verdadeiramente uma delícia!

A acompanhar, provámos, por sugestão, o vinho branco da casa, que se chama Fonte da Serrana e pertence ao Monte da Ravasqueira… fresquinho e aromático! A carta de vinhos é variada, e além de muitos gins, Heineken ali também não falta!

Os preços são acessíveis, fica em média a 20 euros/pessoa. E faço a nota de que quando veio a conta, ainda recebemos um mimo de um chupa-chupa de morango em forma de coração. :) Tudo de grande atenção!

Dia 6 de Maio “roda tudo” como nos disseram, com uma nova carta, e lá terei de ir experimentar as novas iguarias... aqui estão sempre a inovar, a testar e a arriscar, para serem diferentes.. porque Cascais é grande em restaurantes, quase 'capital'! ;)

IT

quinta-feira, 23 de abril de 2015

'UNTOUCHABLE SMILES' BY RUTE OBADIA | DE SORRISO ABERTO NO MEIO DOS LIVROS


'UNTOUCHABLE SMILES' BY RUTE OBADIA | LER DEVAGAR


'UNTOUCHABLE SMILES' BY RUTE OBADIA | LER DEVAGAR

'UNTOUCHABLE SMILES' BY RUTE OBADIA | LER DEVAGAR

'UNTOUCHABLE SMILES' BY RUTE OBADIA | LER DEVAGAR

'UNTOUCHABLE SMILES' BY RUTE OBADIA | LER DEVAGAR

'UNTOUCHABLE SMILES' BY RUTE OBADIA | LER DEVAGAR


'UNTOUCHABLE SMILES' BY RUTE OBADIA | LER DEVAGAR


'UNTOUCHABLE SMILES' BY RUTE OBADIA | LER DEVAGAR

Um dos ex-libris do Lx Factory é a Livraria 'Ler Devagar', uma livraria moderna, com vários pisos e uma decoração original, onde se pode ler, conversar, beber café ou lanchar uns docinhos, por entre livros... Um espaço multicultural, que também apresenta sessões de leitura, teatro e música, e que se tem tornado, ao longo dos anos, o refúgio de muitos para momentos calmos, de estudo ou reflexão. E se eu os percebo, porque adoro o cheiro dos livros e a tranquilidade que nos transmitem... :)

Pois é também aqui, no 2º piso da Ler Devagar, que se instala uma galeria de exposições a cargo da 'Manchas de Tinta'. A seu convite, Rute Obadia, fotógrafa de sorriso largo e cristalino, foi convidada para expor os seus trabalhos e dar a conhecer os seus sorrisos. Aproveitando o tema, e em parceria com a 'The Big Hand', uma ONG que ajuda crianças desfavorecidas em Moçambique, a Rute decidiu criar mais sorrisos, revertendo os lucros da sua exposição para esta instituição solidária, que promove programas de apadrinhamento de crianças e de 'Escola-Amiga'.

A exposição, gratuita e presente até dia 10 de Maio, é constituída por fotografias de sorrisos que a Rute foi reunindo ao longo dos anos, quer em trabalhos diversos que fez, quer em momentos espontâneos pessoais ou em viagens de lazer. Cada fotografia custa entre os 50 e os 150 euros. 

As minhas preferidas são, sem dúvida, as fotografias de viagens... pelas cores, pelos locais a que nos transportam, e pela aculturação que adivinhamos. Deixo-vos algumas. - Rute, perdoa-me a luz malandra que aparece em algumas das minhas fotos, mas a fotógrafa aqui és tu! ;)

Hoje, dia 23 de Abril, Dia Mundial do Livro, que tal uma visita a esta livraria para sorrirem a conhecer o olhar da lente fotográfica de Rute Obadia e os sorrisos intocáveis que lhe cativaram e invadiram a alma? :)

Parabéns Rute!*

IT

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segunda-feira, 20 de abril de 2015

BEATUS | WINE AND DINE, DOUBLE-DECKER STYLE

BEATUS | WINE AND DINE, DOUBLE-DECKER STYLE

BEATUS | WINE AND DINE, DOUBLE-DECKER STYLE

BEATUS | WINE AND DINE, DOUBLE-DECKER STYLE
Adorei o Beatus e se calhar como sou do contra adoro que seja na zona que é (Beato), longe da confusão! Como se já não houvessem suficientes restaurantes/bares amontoados... A mim dá-me grande prazer ir a um sítio e pensar que vou estacionar à porta, apesar de que eu não me posso queixar que até costumo ter sorte com o estacionamento. ;)

O espaço é giríssimo, amplo em género fabril, com um autocarro double-decker londrino em grande destaque, e a servir de garrafeira. Tem uma primeira zona de mesinhas pequenas, em cima de paletes (super original), ideal para petiscar ou beber um vinho, e ao fundo da sala uma zona com mesas maiores, mais tipo restaurante.

Mal cheguei o dono (Carlos) simpaticamente sugeriu-me um copo fresco de rosé, e não é que eu não sabia mas era mesmo isto que me estava a apetecer?:) Todo o staff é muito  atento. Por exemplo, assim que o meu copo estava a chegar ao fim, fizeram de imediato um refill; e só me cobraram um copo.

De petisco, experimentámos o mix de grão (ópimo!) e o pica-pau, e devemos ter comido duas cestas de pão, tal estavam bons ambos os molhos. Gostei bastante de terem uma carta alargada de petiscos portugueses diferentes; estou farta de ser tudo igual em todo o lado, agora que os petiscos viraram moda e a carta é sempre pimentos padrón, ovos com farinheira, blabla, same old same old... E ainda me ficaram a faltar, pelo menos, os torresmos com tomate e a tapa de bacalhau. Lá terei de voltar, oh que chato! ;) 

Os preços são acessíveis, ficou em 13 euros/pessoa.

Como abriu há 3 meses, ainda a coisa se está a compor e estão a ser pensadas várias ideias para dinamizar o espaço. Já têm música ao vivo de vários estilos ao fim de semana e vão ter provas de vinho no segundo andar do double-decker, o que aguardo ansiosamente! Um faducho ali também caía bem, tenho de sugerir... :)

Este é um espaço ecléctico que tem muito para dar, e o Carlos está a cuidar de o 'embelezar' ao seu jeito e pelo seu jeito, para que nos sintamos bem por ali. No fim, ainda nos pusemos à conversa com ele. Uma simpatia e com ideias e opiniões fortes, gosto disso! 

A sorte protege os audazes, e nós gostamos de espaços que arrisquem ser diferentes... ;)    
                                   
IT

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sexta-feira, 17 de abril de 2015

TAGUS BY SUSHIC | A SUL... A MARGEM CERTA PARA SUSHI

TAGUS BY SUSHIC | A SUL... A MARGEM CERTA PARA SUSHI

TAGUS BY SUSHIC | A SUL... A MARGEM CERTA PARA SUSHI

TAGUS BY SUSHIC | A SUL... A MARGEM CERTA PARA SUSHI

TAGUS BY SUSHIC | A SUL... A MARGEM CERTA PARA SUSHI

TAGUS BY SUSHIC | A SUL... A MARGEM CERTA PARA SUSHI

TAGUS BY SUSHIC | A SUL... A MARGEM CERTA PARA SUSHI

TAGUS BY SUSHIC | A SUL... A MARGEM CERTA PARA SUSHI

O Sushic no Lisboa Almada Hotel que, para nosso grande orgulho, foi eleito como o ‘segundo melhor restaurante para comer sushi fora do Japão’, resolveu alargar-se recentemente até ao Monte da Caparica. E claro, como sushi lover, urgia conhecer este novo restaurante! ;)

Denominado como ‘Tagus by Sushic’, este restaurante alia a mestria mais que comprovada em sushi de fusão da casa-mãe a um espaço lindo de turismo de habitação (Quinta Tagus).  E tem uma vistaaaaaaa OMG!!! A todo o comprimento, de Lisboa do outro lado do Tejo. Fiquei absolutamente fascinada com este restaurante, que me surpreendeu e me deixou de cara à banda… :P

O restaurante está decorado e adaptado à quinta, de forma leve e moderna, com mobiliário em acrílico e grandes vidraças, tendo várias salas integradas na casa da quinta. Uma das salas tem uma lareira fantástica, que saberá muito bem (suspeito) no Inverno. Abaixo do restaurante estende-se um jardim magnífico, com mesinhas e cadeirões ao sol, que alicia ao relax.

A novidade inusitada: foi criado um menu de almoço a 135€/pessoa que inclui a refeição (menu completo com bebidas) e um prazeiroso passeio de helicóptero, que cruza o rio a partir de Algés. E o poiso do helicóptero é mesmo aos nossos pés, ao lado da piscina, no jardim. Sim, isto é que é almoçar japonês em grande estilo! ;) Para quem depois quiser prolongar a coisa e deixar-se estar, há um pacote com dormida no hotel. E assim, podem aproveitar bem a quinta e as salas interiores, jogando uma partida de snooker ou relaxando num belo sofá, enquanto tomam um digestivo.
 
Aqui não se come barato mas come-se muito bem. E perdoem-me os fãs de comer ‘sushi até rebentar’ por um preço irrisório, mas o verdadeiro japonês não é esse. O sushi não é a comida que se come diariamente no Japão, é uma comida sofisticada, trabalhosa e delicada que se come em dias festivos… o espírito original não é o dos restaurantes japoneses/chineses que fazem sushi em massa para ser comido como se não houvesse amanhã. Este restaurante pode ser caro mas não é abusivo para um sushi a sério, como costumo dizer (32-40/euros por pessoa). Eu prefiro assim, pois não me sabe ao mesmo se for ‘all you can eat’… :P
 
Enquanto equipa já bem conhecedora do conceito, parte do staff veio transferido do Sushic, estando sempre prontos a ajudar ou aconselhar, em modo bem-disposto. A carta mantém-se (tal como os preços) e, para quem não conhece, devemo-nos deixar levar pelas sugestões  do chef, e pela sua criatividade nos diferentes peixes que oferece. Não conheço outro restaurante japonês que tanto trabalhe com peixes originais, que não se vêem ‘na praça’, e que prime tanto pelo gosto, empratamento e sabedoria no trabalho de cozinha com estes elementos. Agora, faço uma nota: este não é um sushi purista. Para quem prefere esse tipo de sushi, não é aqui o local ideal para o encontrar. Aqui não se escondem os elementos por trás de maioneses, ketchups e molhos cocktail como já me fizeram noutros restaurantes, mas temos sushi claramente de fusão. Esta é a especialidade… invenção contínua nos pratos e nas conjugações de texturas e sabores. Um verdadeiro espectáculo para os sentidos, podem apostar!
 
Em breve, irá haver também uma opção na carta para quem não é fã de sushi (como é possível???), apresentando várias carnes maturadas. Neste novo restaurante-irmão só tenho pena de uma coisa… ao contrário do Sushic, aqui não há aquela fabulosa sangria que considero uma das melhores. Apostam mais na carta de vinhos, com alguns pequenos produtores... e se o rosé era do bom e do verdadeiro, ui ui!

Neste restaurante volta-se a perceber o bom gosto de Hugo Ribeiro, dono do grupo Sushic, que claramente sabe o que anda a fazer! Não consegui deixar de pensar em festas de Verão ali, mas acho que não vou ter sorte nenhuma... ;)

Recomendo que vão ao almoço, para poderem apreciar mais o espaço e a vista fascinantes, e reservem, porque senão só vêem mesmo o jardim.

E pegando no que se diz, acrescento… Para cozinha japonesa, sem dúvida que esta é a margem certa para ir! ;)

IT

PEIXE EM LISBOA | CELEBRANDO OS SABORES DO MAR







 


Desde dia 9 de Abril que o 'Peixe Em Lisboa' está de volta ao Páteo da Galé, no Terreiro do Paço. Tal como nas edições anteriores, este evento gastronómico junta 10 conhecidos restaurantes que celebram o peixe, através da sua visão e forma de trabalhar com este ingrediente. Cada um apresenta um menu de degustações de peixes e mariscos, entre os 4 e os 12 euros, e estão em funcionamento non-stop, desde as 12h às 24h. 

A estrear, entre outros, destacam-se este ano o chef Kiko Martins, que vem promover o novo restaurante 'A Cevicheria', o mexicano 'Las Ficheras', o clássico Pap'Açorda, e a parceria Taberna Rua das Flores & Flores Bairro Alto Hotel.

O evento conta também com um mercado gourmet a promover 'o que é nacional é bom', com produtos como queijos, enchidos, azeites, vinhos, e doces, e ainda com aulas de cozinha ao vivo de chefs nacionais e estrangeiros, palestras e debates,  e com a famosa prova "O Melhor Pastel de Nata", que mais uma vez foi ganha pela Pastelaria Aloma, em Campo de Ourique.

Ao contrário do que estava à espera e do que tinha ouvido de amigos, gostei bastante desta edição, até mais do que da anterior. Fui durante a semana, um pouco antes da hora de jantar, e pude passear por ali calmamente e observar tudo, estudando as opções. Para jantar escolhi uma entrada de caranguejo real do Arola, que devia estar um pouco mais gelada, o ceviche de salmão do Kiko, que adorei, e os pastéis de massa tenra de atum do Papa Açorda que, passem os anos que passarem, são sempre os melhores pastéis de massa tenra que se comem fora de casa (só me faltou o picante!). De sobremesa, o doce de leite com crumble de amendoim do Kiko. Tudo a acompanhar com um rosé fresquinho da casa José Maria da Fonseca, sempre presença obrigatória neste tipo de eventos. E ali estive a degustar e na conversa um bom pedaço, até as mesas começarem a encher. Nestas coisas, ir durante a semana é sempre o ideal. :)

De seguida, enquanto apreciadora de Douro, queria experimentar um vinho que já me tinha chamado à atenção quando passei no mercado gourmet. Mas confesso que acabei por ser convertida aos alentejanos 'Monte das Serras' do mesmo produtor, e pelo filho do mesmo. Estive à conversa com ambos, a falar um pouco de vinhos e do nosso mercado, e lá tive de trazer umas garrafinhas, pois tanto o tinto 'Monte do Desespero 2012' (10 euros) como o branco 'Jornas 2014' (5 euros) estavam uma categoria, com um aroma poderosíssimo. Bela uva! Aconselho a experimentarem, e a aproveitarem que neste evento os preços são mais em conta. Além disso, e apesar de já haverem muitos restaurantes que apostam nos vinhos de pequenos produtores, não é tão fácil assim conseguirmos chegar-lhes, e podemos perder maravilhas como estas.

Já só têm um fim-de-semana para aproveitar este evento! E a mim sempre me disseram que comer peixinho faz bem... ;)

sábado, 11 de abril de 2015

TRAVEL REPORT | BOA VISTA, CABO VERDE E O POVO DO ROSTO EM SORRISO :)

TRAVEL REPORT | BOA VISTA

TRAVEL REPORT | BOA VISTA

TRAVEL REPORT | BOA VISTA

TRAVEL REPORT | BOA VISTA
TRAVEL REPORT | BOA VISTA






TRAVEL REPORT | BOA VISTA
Há umas semanas atrás viajei até à Boa Vista, em Cabo Verde, e fui a banhos de sol... e vá, de um bocadinho de vento também. ;) O objectivo da viagem era descansar num sítio com sol, e sem se pensar muito acabou por ser escolhida a ilha da Boa Vista em Cabo Verde, porque, de entre os sítios que ainda não se conhecia, aliava sol, 'tudo incluído' e preço razoável; além disso, era uma ilha menos turística que o Sal.

O hotel escolhido foi o Riu Touareg que é um dos mais recentes hotéis da Boa Vista, e que fica na zona sul da ilha, no seguimento da praia de Santa Mónica. O hotel é óptimo, em modo 'pulseirinha no pulso', com tudo incluído. Bonito, parece um oásis no meio do deserto de pedra que é esta ilha, e tem muitos e bons quartos com pequenas varandinhas. As empregadas que nos arrumam os quartos são umas queridas e, como é habitual neste tipo de hotéis, todos os dias temos as camas enfeitadas com laços, cisnes, etc. Até tivemos direito a um pato no lavatório, o que deu direito a mega risada! :)

Tem dois restaurantes de buffet (um mais formal e outro mais perto da praia) e três restaurantes temáticos com reserva. A comida é boa e variada, e acho que há algum tempo que não via buffets tão grandes e com tanta comida... OMG!. Os cabo-verdiamos fazem bem a comida e talvez por ser próxima do nosso tipo, sabe a comida de casa. O prato mais típico de Cabo Verde é a cachupa, que pode ser comida de duas formas: cachupa rica, com todos os éfes e érres de grão, carnes e enchidos, e a cachupa guisada que é feita com os restos da cachupa rica, e com um ovo estrelado em cima. Gostei das duas, mas sou mais a cachupa rica, com aquele molhinho... humm :) Dizem que é parecida com o nosso cozido, eu acho que é mais com a nossa feijoada, mas talvez seja um misto dos dois. Só sei que é uma delícia! E acho mesmo que estou viciada em cachupa...  :P

Largando a comida (não vim mais gorda, não)... A praia do hotel era óptima, limpa, a perder de vista, com a sua onda 'quebra-côco', que tem uma rebentação muito forte em cima da linha da praia. Como este hotel fica numa zona de mar aberto a bandeira está sempre vermelha... mas a comparar com o nosso mar (por exemplo, o Meco) ali é para meninos! O problema é que muitos turistas não estão habituados e aventuram-se, dando asneira (claro) apesar dos avisos dos nadadores-salvadores. Portanto para não haver risco, eles colocam logo à partida a bandeira vermelha e quem souber entrar no mar saberá como proceder. E vento? Sim, há sempre, mas como o sol é fortíssimo (mesmo forte, acho que nunca meti tanto protector na minha vida) até sabe bem uma brisa. À noite já se dispensava a brisa, que fica frescote logo ao fim do dia. Razão que explica o sem número de granizados, daiquiris, bloody marys e afins que foram bebidos a partir das 17h... ;)

Se gostarem de desportos náuticos, por ali podem fazer de quase tudo. Os aficionados de kitesurf dizem que esta ilha é um dos melhores locais para o praticar. Recomendo que para isso fiquem no hotel Riu Karamboa cuja praia faz uma baía e o vento ajuda. Para mergulho há bons spots em todo o lado, tanto no Norte como no Sul da ilha, e no Riu Touareg têm um centro de mergulho bem equipado.

O hotel tem várias zonas de lazer mas a animação foi o que mais me desiludiu... infelizmente o hotel está muito virado para estrangeiros alemães, ingleses e norte da Europa e parece que eles não acham assim tanta piada a música africana. Ou seja, (e sim não percebo), o hotel podia ser ali como poderia ser noutro lado qualquer, pois é tudo internacional e dali eles não saem, dali ninguém os tira! Havia poucas aulas de dança durante a semana (óbvio que fiz todas), e apenas uma noite cabo verdiana e outra africana. De resto, os espectáculos de animação eram Abba, Queen, rockers dos anos 80... juro! As danças típicas de Cabo Verde são o funaná, a morna e a semba (kizomba rápida), e este povo parece mesmo que nasceu a dançar. A equipa de animação era fantástica, simpática, e dançavam muitíssimo bem, mas estavam bastante limitados, já que nem para a discoteca Pacha podiam ir conviver com os turistas, e pô-los a dançar. E nós que bem queríamos pôr a nossa kizomba em prática...

Assim acabámos por nos vingar na última noite da nossa estadia. A seguir a um jantar em Sal Rei no restaurante Tambrera, muito simples, com música ao vivo, lagosta e cachupa (óptima!), fomos com o nosso guia e uns amigos dele até às esplanadas, Aqui todos se juntam, ao fim-de-semana, para beber um ou dois copos, enquanto um grupo toca música ao vivo. De seguida, fomos ao Cocoa (bar-disco) na praça Santa Isabel, e lá dançámos! (Depois de quase termos infernizado o DJ que teimava em por techno como se nós quiséssemos isso!!!). Foi o que nos salvou e foi bastante divertido!

Reminder: Por favor, se visitarem a Boavista não estupidifiquem no hotel! Em Cabo Verde só se fica parado se se quiser! :) E por isso, recomendo que fiquem antes no Riu Karamboa que é muito perto da capital, e ganham mobilidade. Ficando no Sul da ilha o percurso é de 25 minutos por estradas de calhau (literalmente é tudo calhau), e assim mais perto podem ir tomar qualquer coisa à cidade e viver um pouco mais a vida de local.

A ilha é muito árida, na sua maioria desértica, e as deslocações são sempre feitas em jipes e pickups (ADORO!). Há muitos passeios que se podem fazer, quer em moto4 quer em jipes. Uns fazem a parte do meio da ilha para este e outros do meio para oeste. Os passeios focam-se em visitar as praias mais bonitas, mostrar algumas povoações antigas ou algumas comunidades particulares, e as cidades principais. Também há passeios para ver as baleias que por ali passam pela altura de Março, e outros passeios para ver as tartarugas a desovarem pela altura de Agosto. Sim, não é uma agitação e não há mil coisas para fazer, mas ainda dá para umas passeatas! :)

O passeio que escolhemos iniciou-se pela linda praia de Santa Mónica com os seus 18km de comprimento, completamente virgem ainda. De seguida, visitámos a Povoação Velha, uma fábrica de olaria, Rabil, o Deserto de Viana e seguimos para ver o barco espanhol  'Cabo de Santa Maria', encalhado, desde 1968, a poucos metros da costa da Boa Esperança, e que não tarda vai ruir (AMEI, LINDO!). Almoçámos em Sal Rei e passeámos por ali, visitando o mercado e a praça principal, e comprando alguns souvenirs.

Com tudo o que tinha ouvido, esperava um país muito pobre, com crianças na rua, muita pobreza... nada disso! As zonas populacionais são tranquilas e as pessoas não estão abandonadas aos magotes pela rua. Não é (e ainda bem) comparável, por exemplo, à República Dominicana, em que nos sentimos severamente incomodados por uma pobreza extrema demasiado visível nas ruas. Na Boavista percebe-se que há pobreza, sentimo-la, mas não nos sentimos violentados por ela... E não sentimos medo.

A capital Sal Rei é uma cidade muito simples, tranquila, e limpa. Sim tenho que referir isto! Fiquei mesmo surpreendida com a limpeza. Achei os cabo-verdianos muito limpos, seja em que local for, nunca vi uma coisa assim... no hotel nem se fala, nem um bago de arroz podia estar fora do sítio! E fora? Tenho de contar uma engraçada. Na visita à fábrica de olaria, um local bastante pobre, precisei de ir ao wc pois a deslocação pelas duras pedras ainda ia ser longa a seguir... pois, a minha cara e dos restantes quando recebi esta notícia também foi essa, mas tinha mesmo de ser. E, como já perceberam, nada do que se esperava. O wc estava totalmente limpo, tinha porta com fechadura, tudo! Rendi-me às evidências... ;)

A segunda surpresa desta viagem e a que me fica na alma: já conheci alguns sítios e algumas gentes e tenho a dizer que os cabo-verdianos são o povo mais simpático de sempre! São boas pessoas, está-lhes estampado no rosto... toda a gente diz 'bom dia', são sempre agradáveis e têm sempre um sorrisão daqueles! E por favor, não confundam simpatia com subserviência, porque eles são genuinamente simpáticos, sem aquela subserviência que por vezes me aborrece em países asiáticos. Foi o sítio onde mais bem-vinda me senti. :)

A realidade é que Cabo Verde nunca foi um país que estivesse na minha 'to do list', pelo que a minha expectativa era zero. Surpreendentemente gostei bastante da Boa Vista, e percebi que afinal tenho uma ligação qualquer a África, aos ritmos quentes, ao sol e às gentes daquelas terras. Só depois me lembrei que o meu pai nasceu na Guiné, e que afinal dali não herdei apenas o gosto pelo picante. ;)

Hóteis:
- Riu Karamboa
- Riu Touareg

Restaurantes:
- Tambrera
- Blue Marlin
- Porto de nhos ilhas

Passeios/Guias:
- enviem pvt msg que dou indicações de bons contactos locais

Para marcação de viagens, fica o site da agência GuiaViagens de uma amiga, com quem faço sempre as minhas marcações. Falem comigo!
http://guiaviagens.pt/

IT