Cada vez que abro o facebook vejo mais alguém interessado em
visitar o Aqueduto das Águas Livres. Pergunto-me se o chegam alguma vez a
fazer… :P Mas para quem, como eu, gosta destas coisas culturais, fica a dica:
por favor, esqueçam as visitas guiadas! De forma bem mais prática e sem ser
necessário bloquear a agenda com meses de antecedência para depois terem um
furo no pneu no dia, basta aparecer na Calçada da Quintinha, 6, em Campolide, de terça a
sábado entre as 10h00 e as 17h30 para fazerem a visita livre. Custa 3 euros e demora cerca de 30 minutos a uma hora, sendo que o percurso ronda no total uns 2 quilómetros até Monsanto and back.
Piece of cake!;)
Já estou a ver a questão a formar-se na vossa cabeça: "Assim
ficamos sem ouvir explicação nenhuma!" Vá, não ficam nada que eu sou uma
querida. :)
Ora, o Aqueduto das Águas Livres é um complexo sistema de captação
e distribuição de água à cidade de Lisboa, com uma extensão total de 58
quilómetros, que foi construído durante o reinado de D. João V devido à
escassez de água potável na cidade. A água do Tejo é imprópria para
consumo pois a grande foz do rio permite a contaminação da água pelo mar,
elevando a sua salinidade; por sua vez, este sistema permitia trazer à cidade a água da
nascente das Águas Livres em Belas (Sintra). Foi progressivamente
reforçado e ampliado ao longo do século XIX, terminando no Reservatório da Mãe d'Água das Amoreiras, e resistiu ao terramoto
de 1755. As suas águas deixaram de ser aproveitadas na década 60 do séc. XX.
Todo o circuito dos caminhos da água é pertença do Museu da
Água (by EPAL), que procedeu à musealização dos seus espaços
patrimoniais, compreendendo o Aqueduto das Águas Livres, o Reservatório da
Mãe D'Água das Amoreiras, o Reservatório da Patriarcal e a Estação Elevatória a
Vapor dos Barbadinhos.
O aqueduto em si tem 941 metros de comprimento e é composto
por 21 arcos de volta perfeita e 14 arcos centrais em ogiva. É conhecido como
um dos bilhetes postais de Lisboa pela sua imponente arcaria que se ergue sobre
o vale de Alcântara e foi classificado Monumento Nacional em 1910. O Arco
Grande é o maior arco desta obra, medindo 65 metros de altura por 29 metros
entre pegões, sendo o maior arco ogival em pedra do mundo.
A passagem
pública por cima do aqueduto só foi aberta recentemente, tendo estado fechada
desde 1853 devido aos crimes praticados por Diogo Alves, um criminoso que
atirava as suas vítimas do cimo do aqueduto, depois de as roubar (foi o último condenado à morte da História de Portugal).
Pronto e agora que sabem tudo, arranquem! Aproveitem um dia de sol e vão bater umas fotos à nossa
cidade. E se quiserem (mesmo, mesmo!) ir em modo de visita guiada, estas são
reservadas para grupos de mais de 20 pessoas pelo telefone 218100215.
Bom passeio! :)
IT
Morada:
Aqueduto (Travessia do Vale de Alcântara – Calçada da Quintinha, 6
Aqueduto (Travessia do Vale de Alcântara – Calçada da Quintinha, 6
http://www.epal.pt/EPAL/menu/museu-da-água/exposição-permanente-património-associado
Pois sou um daqueles interessados mas que nunca efectuou o passeio. Fiz o dos Miradouros há pouco tempo e esse do Aqueduto está na calha. Acho interessante a dica (esquecer as visitas guidas) penso que será uma boa opção. Obrigado :)
ResponderEliminarainda bem que gostou da dica:) de nada, e obg também!
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